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Advogado que proferiu ofensas racistas contra juíza é encontrado morto dentro de casa, em Campos

O advogado José Francisco Barbosa Abud, que proferiu ofensas racistas contra uma juíza de Campos, foi encontrado morto dentro de uma casa na rua Conselheiro José Fernandes, região da Pelinca, na tarde desta segunda-feira (28). De acordo com as primeiras informações, o corpo apresentava sinais de enforcamento. Ele usava tornozeleira eletrônica.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 15h52 e constatou o óbito. Familiares do advogado, Polícia Militar e peritos da Polícia Civil (134ª DP- Centro) também foram à residência.

No início da noite, o rabecão do Corpo de Bombeiros chegou para fazer a remoção do corpo do advogado para o IML de Campos. O caso será investigado pela delegacia do Centro.

Em nota publicada em suas redes sociais, a OAB-Campos lamentou a morte do advogado. “Com pesar, comunicamos o falecimento do advogado José Francisco Barbosa Abud. A 12ª Subseção da OAB lamenta profundamente a perda e se solidariza com os familiares e amigos neste momento difícil”, disse a nota divulgada pela entidade.

Em nota publicada em suas redes sociais, a OAB-Campos lamentou a morte do advogado. “Com pesar, comunicamos o falecimento do advogado José Francisco Barbosa Abud. A 12ª Subseção da OAB lamenta profundamente a perda e se solidariza com os familiares e amigos neste momento difícil”, disse a nota divulgada pela entidade.

Internação por envenenamento – No início de abril, José Francisco Barbosa Abud chegou a ficar três dias internado no Hospital Ferreira Machado após uma intoxicação exógena por veneno. Ele ficou no Centro de Tratamento Intensivo (CTl).

O caso – José Francisco atacou a juíza Helenice Rangel Gonzaga Martins de forma racista em petição a ela como titular da 3ª Vara Cível de Campos. O advogado escreveu: “a Magistrada afrodescendente com resquícios de senzala e recalque ou memória celular dos açoites” e “Excelentíssima em tendências reprimidas (…) de uma infância devassada por parentes próximos que perpetuam abusos mais do que comuns a primatas ou primitivos”, entre outras ofensas de claro teor racial.

A juíza abriu uma queixa-crime por injúria no 1° Juizado Especial Criminal de Campos. Ela está sendo representada por quatro advogados da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj). Pede também a fixação de um valor mínimo de indenização por danos morais do advogado contra a juíza.

O advogado foi enquadrado por injúria no Art. 140 do Código Penal, com pena de 1 a 3 anos de prisão. Que, pelo Art. 141, pode crescer em 1/3 por ser injúria contra funcionário público. Este processo refere-se a um e-mail enviado em 30 de outubro de 2024, entre os mais de 20 que o advogado enviou à 3ª Vara de Campos, em que chama a juíza de “burocrata prevaricadora”.

Da redação da TV Natividade/Folha1