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Aedes 2.0: o que o atual surto mostra sobre a evolução do agente transmissor da dengue

Aedes 2.0: o que o atual surto mostra sobre a evolução do agente transmissor da dengue
Atualmente capaz de se reproduzir em água contaminada e de ocupar locais antes desfavoráveis para sua circulação, a espécie se mostra com uma capacidade imensa de adaptação.
A capacidade de adaptação é uma das características mais importantes para que uma espécie consiga sobreviver ao tempo e às mais diferentes mudanças no ambiente. E essa qualidade o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, tem de sobra.

Em meio à explosão de casos de dengue no país, os especialistas alertam que as mudanças no comportamento do mosquito são um fator que pode contribuir para o número elevado de casos observado.

Isso porque essa capacidade é o que permite com que o Aedes seja uma das espécies invasoras mais bem sucedidas do Brasil. Mesmo com a adaptação sendo algo comum entre os animais, no caso do transmissor da dengue, essa característica chama a atenção pela eficiência.

Sérgio Luz, pesquisador da Fiocruz Amazônia, comenta que o mosquito tem uma capacidade imensa de se adaptar ao ambiente, o que contribui para a proliferação da espécie.
“Há tempos o Aedes vem se adequando ao ambiente urbano. Aos poucos, o mosquito foi acostumando e se adaptando até a regiões que antes não tinha condições favoráveis à presença da espécie”, analisa Sérgio Luz.
A professora do departamento de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, Maria Anice Mureb Sallum, relaciona essa característica da espécie à atuação do ser humano. “O mosquito evoluiu junto com o homem urbano. Ele foi se adaptando aos ambientes criados pelo homem de maneira muito efetiva”, afirma.

G1

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