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Brasil atinge a menor taxa de fecundidade da história, diz IBGE

Cada vez mais brasileiras escolhem não ter filhos, de acordo com o Censo 2022. Segundo a pesquisa, as mulheres que optam por ter filhos estão fazendo isso cada vez mais tarde.


Dados do Censo 2022, divulgado nesta sexta-feira (27) pelo IBGE, revelaram que o Brasil atingiu a menor taxa de fecundidade da história.


“Um dos principais fatores foi o avanço dos métodos contraceptivos. Isso faz com que elas tenham maior planejamento familiar. Nós tivemos também, ao longo do tempo, mais mulheres acessando a universidade. Isso fez com que elas focassem, primeiro, em terminar os seus estudos e estivessem mais preparadas para conseguir um emprego, entrar no mercado de trabalho”, afirma Janaína Feijó, economista, FGV Ibre.


As mulheres também estão tendo menos filhos. Em 1960, a taxa de fecundidade era de seis filhos por mulher. Em 2022, caiu para o menor índice já registrado na história. As mulheres sem instrução ou com ensino fundamental incompleto tiveram mais filhos e mais novas do que as mulheres com ensino superior completo.


O Censo 2022 também traz dados sobre a migração de pessoas dentro do Brasil. Santa Catarina se tornou o principal destino de migrantes no país. Entre 2017 e 2022, Rio de Janeiro e São Paulo perderam mais gente do que receberam de outros estados. O Rio foi o estado com o resultado mais negativo. É como se, em média, 91 pessoas por dia tivessem deixado o Rio de Janeiro nesse período. E essa foi a primeira vez, desde o início dessa pesquisa, em 1991, que São Paulo ficou com saldo migratório negativo.


O Censo também aponta que a quantidade de estrangeiros e naturalizados disparou entre 2010 e 2022. Foram menos europeus e norte-americanos, e mais latino-americanos que chegaram para viver no Brasil, especialmente vindos da Venezuela

Da redação da TV Natividade/JN